A seleção feminina de rugby encerrou sua participação na sexta etapa
do Circuito Mundial em Hong Kong com a conquista da Taça de Bronze
(Bowl), equivalente ao nono lugar. A competição reuniu as principais
equipes do mundo e o Brasil foi único representante da América Latina.
As grandes campeãs do torneio foram as inglesas, que venceram a forte
equipe do Canadá por 22 a 12 na semifinais e depois derrotaram a
Austrália por 15 a 10.
No grupo A, as tupis enfrentaram Canadá e Rússia na primeira fase. As
canandenses, semifinalistas do torneio e umas das seleções mais fortes
da atualidade, superaram as brasileiras por 45 a 0. Na segunda partida,
derrota por 29 a 0 para as russas, que mostraram grande evolução técnica
no seu jogo.
O Canadá fechou a fase de grupos na liderança depois de vencer a
Rússia, segunda colocada, por 24 a 5. O terceiro lugar do Brasil fez com
que a equipe disputasse uma vaga na final da Taça Bronze contra o
Japão. A partida foi equilibrada, mas as brasileiras tiveram dois tries
convertidos, superando as japonesas por 14 a 12. Na disputa pelo nono
lugar, as tupis venceram a seleção da casa, Hong Kong, por 19 a 7.
“O Brasil foi evoluindo ao longo do torneio, pegamos um jogo muito
difícil logo na estreia, contra o Canadá, o que nos desgastou muito e em
seguida a Rússia, que estava descansada e também tem uma equipe forte.
Devido aos jogos serem muito próximos uns aos outros não tivemos muito
tempo de descanso e isso refletiu no resultado. Mas contra o Japão e
Hong Kong, já conseguimos implantar nosso esquema de jogo e vencemos”,
explica Júlia Sardá, capitã da seleção brasileira.
Os resultados desta etapa podem ser considerados positivos, já que o
Brasil esteve mais uma vez entre as 12 principais equipes do mundo e a
seleção feminina ainda irá participar da nona e última etapa do Circuito
Women’s Challenge Cup, nos dias 11 e 12 de maio, na Inglaterra.
“O intercâmbio internacional é fundamental para que nossas atletas
acostumem-se com competições de alto nível. Essas competições permitem
avaliar o desempenho das atletas brasileiras, identificar deficiências
técnicas e/ou físicas e melhorar a eficiência da equipe. As principais
equipes do circuito internacional profissionalizaram suas atletas e
recebem substanciais incentivos de suas autoridades governamentais. No
Brasil, ainda estamos longe dessa realidade profissional. Além de sermos
o único representante da América Latina no circuito mundial, somos a
única seleção amadora no top-10 de Rugby Sevens. Estamos no caminho
certo e continuaremos buscando recursos para melhorar a preparação de
nossa seleção feminina”, comenta Sami Arap Sobrinho, presidente da
Confederação Brasileira de Rugby (CBRu).
Fonte: Bagarai