Nem masculina, nem musa: uma rugbier!

 ACEMIRA RUGBY BELÉM

                                  

Há sempre uma limitação em todos nós. Seja física ou mental, todos nós somos um pouco alienados em alguma área. Mas há as pílulas vermelhas, as quais despertam. Seja em forma de música, de filme, de esporte, de livro, cada uma delas rompe um limite, desembaça a visão. A última pílula vermelha que tomei foi uma matéria, indicada pelo João Bento, do portal do Rugby, escrita pela Marjorie Enya.
"Nem masculina, nem musa: atleta", título mais que apropriado para a questão da estereotipização das mulheres, principalmente no esporte.
Aproveitando as Olímpiadas de Londres 2012, e relembrando a todos das Olímpiadas do Rio 2016, onde o Rugby Sevens voltará a ser um esporte olímpico, não podemos deixar que os valores tão exaltados e únicos do rugby se distorçam justamente nesse quesito, ainda mais que ainda estamos começando agora! Uma excelente oportunidade para mostrarmos o diferente. Pois então nossos companheiros de time acham mesmo que isso não se trata de uma falta de respeito?
De todas as matérias que li e vi na tv sobre as mulheres nas Olimpíadas(que pela primeira vez participam de todas as delegações, mas a mídia esportiva não achou um fato tão importante), todas exaltam quase que exclusivamente os corpos das atletas e não o esforço, a dedicação que elas tiveram para chegar ali. Há também "notícias" sobre as mulheres que participam dos esportes considerados masculinos, e adivinha qual o foco? Do quanto elas não se encaixam no perfil de musa ou são até mesmo consideradas bizarras.
"A ciclista britânica FulanadeTal disputa pela terceira vez nas olimpíadas, ELA POUSOU PARA A REVISTA MASCULINA Y...", pronto, o foco já foi totalmente desviado e o seu senso crítico bombardeado. "O corpo da atleta é esculpido para e pela performance atlética; a escultura vira notícia, a performance não".
Em um momento tão essencial para o Rugby brasileiro, com todo o nosso potencial de crescimento, principalmente para o rugby feminino, devemos pensar em qual tipo de divulgação queremos ter. Essa:

Ou essa:

Oré Acemira! Nos vemos no treino de hoje, às 20:00 no colégio Moderno!